Carlos da Vila Nova (PL) é eleito novo prefeito de Tomé-Açu – foto: reprodução site de campanha

O município de Tomé-Açu, nordeste paraense, elegeu Carlos da Vila Nova (PL) como prefeito da cidade pelos próximos quatro anos. Ao lado dele, quem também sai campeão nas urnas é Ladeira (PL), eleito vice-prefeito, com 58,32%, um total de 20.172 votos.

Eles derrotaram a chapa composta por Eudes (PSDB) e pelo vice Jonas do Radar, que obteve  12.318 votos (35,60%); em terceiro lugar ficou a dupla Marcelo Barreto (Patriota) e o vice Charles Contador, com 6,11% (2.141 votos). 10.929 eleitores optaram pela abstenção (23,28%).

Resultado da Eleição Suplementar em Tomé-Açu (foto: TSE)

A eleição suplementar encerrou às 17h deste domingo (7) e contou com 46.945 eleitores aptos e a participação de 608 mesários, distribuídos em147 seções em 27 locais de votação, sendo 12 na área urbana e 15 na zona rural.  A eleição suplementar custou, R$ 312.961,51, o equivalente a R$ 6,93 por eleitor.

O prefeito eleito

Carlos Vieira, conhecido em Tomé-Açu como “Carlos da Vila Nova”, nasceu em 1961 no Estado de Goiás. Aos 21 anos, chegou na comunidade de Vila Nova para trabalhar com madeira. Com visão para negócios, investiu e prosperou com dendê, pecuária, empreendimentos imobiliários e hoje é o maior produtor de grãos do município.

Motivo da Eleição Suplementar

O pleito extraordinário precisou ser realizado após, em 2020, o candidato Carlos Vinicios, do PL, ter sido eleito com a candidatura indeferida com recurso no Tribunal Superior Eleitoral, que mais tarde rejeitou, por unanimidade, os dois embargos de declaração movidos por Carlos contra decisão anterior do Tribunal. Carlos da Vila Nova, o novo prefeito, é o pai de Carlos Vinicios, o prefeito impugnado em 2020. 

 “O TSE considerou ele inelegível. Ele já tinha sido prefeito do município e durante a gestão dele foi acusado juntamente com o pai de serem mandantes de um duplo assassinato aqui no município. Na época foi decretada a prisão preventiva do candidato e ele fugiu, estava foragido, abandonou o cargo e por conta disso a Câmara acabou declarando a vacância do cargo”, relata o juiz eleitoral da 39ª da zona eleitoral, Ronaldo Pereira Sales.

Segundo o promotor eleitoral Antônio Manoel Cardoso Dias relatou, apenas algumas ocorrências foram registradas com delegados de partidos, mas rapidamente solucionadas. Houve ainda duas ocorrências de quebra de sigilo de voto, detectadas pela Polícia Civil e Polícia Federal, que apoiaram a eleição suplementar.

Ele e Sales concordam que foram ocorrências normais. Uma suposta ocorrência de transporte ilegal de eleitores foi aventada, mas após apuração com o condutor do veículo denunciado verificou-se que não era o caso. Ele parabenizou o Tribunal por organizar a eleição de maneira integrada e alcançando mesmo os pontos mais distantes da cidade. 

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“A população se sentiu extremamente prestigiada pela Justiça Eleitoral. Não houve qualquer discussão em relação a lisura, isso caracteriza que as pessoas confiam na Justiça Eleitoral. Fica aqui o agradecimento do Ministério Público”, disse ele.

O diretor da Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu, Silvio Kazuhiro Shibata, espera que desta vez a população do município conheça quem vai istrar a cidade pelos próximos três anos. “Precisamos de alguém que fique e consiga finalizar o seu mandato”, destacou ele, que votou na Escola Fernando Guilhon, no distrito de Quatro Bocas.

Na Escola Aldemar Matos da Silva, também em Quatro Bocas, a eleição ocorreu sem problemas. O mesmo foi visto na Escola Desembargador Wilson Marques, um dos locais que concentram maior número de eleitores no distrito.

Foi lá que o agricultor da comunidade rural de Breu, Edvaldo Andrade, votou, cheio de expectativas para que as Eleições Suplementares possam trazer benefícios para os cidadãos. “Esperamos ter melhorias principalmente na saúde”, disse.

No centro de Tomé-Açu, na Escola São Tomé, a eleição também ocorreu dentro do esperado. “Estamos cheios de expectativa para que essa situação do município mude”, disse o estudante, Leandro Barros, um pouco antes de votar no local. A estudante Ana Cláudia Holanda compartilhou desse mesmo pensamento. “Queremos logo que a situação do município seja resolvida”, opinou.

O Tribunal Regional Eleitoral montou um Posto de Atendimento ao Eleitor, na Escola Fábio Luz, para tirar dúvidas, principalmente sobre os locais de votação. Pela manhã, muitos eleitores procuraram o posto para se informar sobre onde poderiam votar.

Além disso, o TSE tem um sistema de auditoria das urnas eletrônicas para comprovar o funcionamento correto dos aparelhos, que já tinha sido realizado nas eleições suplementares de Goianésia do Pará, ocorridas no mês ado.

O procedimento adotado pela Justiça Eleitoral é organizado e executado pela Comissão da Auditoria da Urna Eletrônica. O juiz substituto, Marcus Alan Gomes, é quem preside a Comissão

“É um procedimento de checagem, de verificação do bom funcionamento da urna eletrônica. O objetivo da auditoria é fazer essa checagem da votação eletrônica a partir de um sistema que foi desenvolvido pelo TSE, que é o sistema de Auditoria da Votação para demonstrar que a urna eletrônica é plenamente confiável e há total confiança no processo de votação”, detalha. 

A auditoria é feita em esquema de simulação, com uma equipe de servidores que utiliza as urnas de duas seções eletrônicas, sorteadas no dia anterior. A auditoria das urnas é exibida ao vivo no canal do YouTube do TRE-Pará, com objetivo de deixar o pleito ainda mais transparente. 

Por Eduardo Laviano – O Liberal

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